O alfaiate e o mandarim

Um dia, um homem recebeu a notícia de que acabara de ser nomeado mandarim. Ficou tão eufórico que quase não se conteve. Serei um grande homem agora – disse a um amigo. – Preciso de roupas novas imediatamente, roupas que façam jus à minha nova posição na vida.

Conheço o alfaiate perfeito para você – replicou o amigo.
– É um velho sábio que sabe dar a cada cliente o corte perfeito. Vou lhe dar o endereço. E o novo mandarim foi ao alfaiate, que cuidadosamente tirou suas medidas. Depois de guardar a fita métrica, o homem disse:

Há mais uma informação que preciso ter. Há quanto tempo o senhor é mandarim? Ora, o que isso tem a ver com a medida do meu manto? – Perguntou o cliente, surpreso.

Infelizmente, não posso fazê-lo sem antes obter essa informação, senhor. É que um mandarim recém nomeado fica tão deslumbrado com o cargo que começa a andar com a cabeça altiva, o nariz erguido e o peito estufado. Assim, tenho que fazer a parte da frente maior que a de trás.

Anos mais tarde, quando está ocupado com seu trabalho, e os transtornos advindos da experiência o torna sensato, e ele olha adiante para ver o que vem em sua direção e o que precisa ser feito a seguir, aí então costuro o manto de modo que a parte da frente e de trás tenham o mesmo comprimento.

E mais tarde, depois que seu corpo está curvado pela idade e pelos anos de trabalho cansativo, sem mencionar a humildade adquirida através de uma vida de esforços, faço o manto de forma que as costas fiquem mais longas que a frente. Portanto, tenho que saber a quanto tempo o senhor está no cargo para que a roupa lhe assente apropriadamente.

O novo mandarim saiu da loja pensando, menos no manto e mais no motivo que levara seu amigo a mandá-lo procurar exatamente aquele alfaiate.

 

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A lenda do cavalo que caiu no poço

Foto de cavalos

Um fazendeiro, que lutava com muitas dificuldades, possuía alguns cavalos para ajudar nos trabalhos em sua pequena fazenda. Um dia, seu capataz veio trazer a notícia de que um dos seus cavalos havia caído num velho poço abandonado. O fazendeiro foi rapidamente ao local do acidente, avaliou a situação, certificando-se de que o animal não se machucara, mas pela dificuldade e o alto custo de retirá-lo do fundo do poço, achou que não valeria a pena investir numa operação de resgate.

Tomou então a difícil decisão: determinou ao capataz que sacrificasse o animal, jogando terra no poço até enterrá-lo ali mesmo. E assim foi feito. Os empregados, comandados pelo capataz começaram a jogar terra para dentro do buraco de forma a cobrir o cavalo.

Mas à medida que a terra caía em seu dorso, o animal sacudia e ela ia se acumulando no fundo, possibilitando ao cavalo ir subindo. Logo, os homens perceberam que o cavalo não se deixava enterrar, mas ao contrário, estava subindo à medida que a terra enchia o poço, até que enfim, conseguiu sair.

Sabendo do caso, o fazendeiro ficou muito satisfeito e o cavalo viveu ainda muitos anos servindo ao dono da fazenda.

Moral da História:
Se você estiver “lá embaixo”, sentindo-se pouco valorizado, quando, já certo de seu desaparecimento, os outros jogarem sobre você a terra da incompreensão, da falta de oportunidades e de apoio, lembre-se desse cavalo. Não aceite a terra que cai sobre você… Sacuda-a e suba sobre ela. E, quanto mais terra, mais você vai subindo… subindo… subindo, aprendendo a sair do buraco. Pense nisso!

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Fábula do Sapo Surdo

Um dia, os sapos decidiram utilizar o fim-de-semana para se juntarem e fazerem uma competição. Também eles tinham direito a divertir-se, como fazem as pessoas.

Como os desportos radicais estavam na moda, resolveram subir até ao cimo da torre mais alta da cidade.

Chegados ao dia, começou a competição. Ei-los todos atarefados para ver qual deles conseguia subir até ao cimo da torre.

A multidão, que presenciava o espectáculo, não acreditava que os sapos conseguissem essa proeza.

Toda a gente dizia:

— Não vão conseguir!

Os sapos, que iam ouvindo estas vozes pessimistas da multidão, começaram a desistir, um após o outro. Mas havia um que persistia e continuava a subida.

As pessoas, pessimistas, continuavam a grilar:

— Não vão conseguir!

Desistiram mais alguns, menos aquele sapo que continuava tranquilo, embora arfante.

No final da competição, todos tinham desistido menos ele. As pessoas, curiosas, queriam saber qual o motivo da sua vitória. Foi ao perguntarem-lhe que descobriram que ele era surdo.

Somos condicionados muitas vezes pelo que os outros dizem. Mas nem sempre são bons conselheiros. E preciso, por isso, fazer ouvidos surdos e avançar corajosamente em direcção à meta, que é a perfeição.

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