A Magia do Número 7

sete numerologia
Sabem, os que me conhecem, que sou um cidadão do mundo de alma lusitana.Viajante sôfrego, tenho corrido as sete partidas do mundo, sobrevoando ou navegando os sete mares e apreciado as sete artes. Como homem dos sete ofícios e sem fazer disso um bicho-de-sete-cabeças, vou revelar-lhes um segredo guardado a sete chaves: -a magia do número sete, que se me revelou há muito, numa das muitas cidades de sete colinas do nosso planeta.
Sim, o 7 é um número mágico. Fabulosa mente mágico. Deve a sua forma como carácter (7) ao número de ângulos que a sua primitiva forma possuía. Este mágico 7, número inteiro, real, primo, tem ainda a particularidade curiosa de que o resultado da divisão de qualquer inteiro não múltiplo de 7, por 7 é sempre a sequência 142857 periódica.
Encalhei com a magia do sete na infância, ouvindo cantar as meninas (sete e sete são 14, com mais sete 21, tenho se
te namorados e não gosto de nenhum), depois foi a leitura da Branca de Neve (e seus sete companheiros) ou a história
do Gato das Botas que tão facilmente palmilhavam sete léguas. Já na adolescência, o conhecimento dos povo judeu e sua diáspora, o seu candelabro de sete braços (imagem em baixo) e a sua cabala repleta de setes (e o ano sabático, no fim de cada período de sete anos (como ainda hoje fazem os lentes universitários) ou o ano de jubileu a cada sete anos sabáticos (pois é, o ano de jubileu era ao fim de cada período de sete x sete anos (49 anos, que o sistema decimal arredondou para 50).
Porque será o sete tão mágico desde os mais remotos tempos? Eu tenho uma teoria possível. A do “Homo Sapiens Sapiens “Atento””. O homem primitivo, curioso, temeroso, olhou os céus perscrutando os deuses e a razão da sua existência . Viu e ouviu nos céus. Querendo medir essa subjectividade a que chamamos tempo, chamou nomes
aos dias, atribuindo-lhes os nomes das divindades visíveis a olho nu.
Sete são os “astros” que via com os seus olhos: Sol, Lua, Mercúrio, Vénus, Marte, Júpiter e Saturno. Sete fora
m os dias de semana que criou. Reservou o dia alto da semana para o “Deus Maior” SOL (ainda hoje Sun+day
em inglês) e aos outros, como melhor se vê na língua espanhola ou francesa, atribuiu os nomes restantes (Espanhol: Lu
nes – segunda – lua; Martes – terça – Marte; Miercoles – quarta – Mercúrio; Jueves – quinta – Júpiter; Viernes –
quinta – Vénus; e, agora voltando ao inglês, Satur+day – sábado – Saturno.
Fácil perceber esta magia, do convívio a “olho nu” com estes “Deuses” que se deixavam ver.
Mais via esse primitivo homem olhando os céus. Nos dias de chuva redentora, benfeitora das colheitas devidas a Hera,
a primeira dama do Olimpo enviava à terra a sua mensageira Íris (mensageira predilecta de Hera, conforme refere
Homero na Ilíada). Esta descida era feita num arco de sete cores (cores fortes do espectro).
Mas este “curioso” homem via e ouvia o seu “Universo”. De ouvido atento, escutou o pulsar harmonioso dos céus e “percebeu” as sete distintas notas da sua musicalidade. Terá concluído esse pragmático ser, que emergia na inteligên
cia, que não pode haver tanta coincidência. O sete é mágico, um segredo dos Deuses.
Explicada esta minha modesta teoria, resta desejar-vos tantas vidas quantas as dum gato (sete), que não partam nenhum espelho (sete anos de azar) que se abstenham dos sete pecados capitais (gula, soberba, luxúria, inveja, avareza,
preguiça e ira), que aproveitem os períodos de vacas gordas (sete anos), que vos seja permitido conhecer as sete mara
vilhas do mundo, para que a vida vos seja tão colorida quanto um arco-íris, com as suas sete cores, e se vos afaste o
temor do “Sétimo Selo” (Apocalipse – “Quando o Cordeiro abriu o sétimo selo, houve silêncio no céu cerca de meia hora. Então vi os sete anjos que se acham em pé diante de Deus, e lhes foram dadas sete trombetas.”).

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